Kassumai

Aterrado que estava o avião em Bissau, esclarecidos quanto ao facto de a coordenadora não ter seguido viagem connosco e, por isso, chegarmos a um país desconhecido sem grande comitiva à espera... abre-se a porta da maquineta e... bafo!!

O ar pesado e quente que se fazia sentir mostrava que o Inverno de Janeiro em Portugal tinha ficado para trás e uma nova vida começava naquele instante...

Um desespero à espera da bagagem (foi sempre assim, de cada vez que se chegava a Bissau), muita curiosidade em relação ao lado de lá daquelas paredes, gente a mais a circular, solicitações de "mata bicho" e mais curiosidade quanto ao que nos aguardava...

Finalmente na rua, a verdadeira confusão!!!!
Em dias de avião (na altura, duas vezes por semana) a cidade sai ao aeroporto, nunca se sabe se não se consegue um jornal, uma caneta, uma nota... Anima o facto de se verem caras novas, novos brancos que chegam e valem o esforço de fazer tantos quilómetros a pé.
Carros passam tangentes a pessoas, pessoas atropelam carrinhas, buzinas e mais buzinas... porque no meio do caos todos têm razão... ou não!!

Vêem-se as primeiras vendedoras. Não sei se, na altura, percebi o que vendiam... Comprei depois (muitas vezes!!!) mancarra e caju (ovos não!), grande tentação!

À nossa espera... o Zeca!! Do primeiro ao último momento vivido em Bissau, esteve o Zeca - o motorista! Muita saudade...
Meia dúzia de quilómetros percorridos até ao Liceu João XXIII, primeira paragem para ver os novos aposentos da Carla e do Osvaldo, e o telefonema da família.
Ainda sei as palavras que transmiti para Portugal: "Isto é espectacular!! Se não for por mais nada, valeu a pena ter vindo só para ver uma coisa tão diferente..." Ainda assim penso...